RobinHood está a ser alvo de um inquérito promovido pela União Europeia e liderado pelo Banco Central da Lituânia. O inquérito incide sobre a estrutura e comercialização dos seus novos stock tokens para investidores de retalho.
Entretanto, a OpenAI já veio a publicar negar qualquer afiliação com a Robinhood, adensando ainda mais a polémica. Apesar das críticas, o CEO Vlad Tenev refere que continua a acreditar na legitimidade do novo produto da empresa. Tenev vai ainda mais longe e considera que os stock tokens se enquadram no conceito de derivados, ao abrigo do regulamento MiCA em vigor na Europa.
O que está em jogo no inquérito europeu sobre os stock tokens
Durante uma entrevista com a Bloomberg, na terça-feira dia 8 de julho, Tenev realçou que a Robinhood está em conversações com as autoridades lituanas para demonstrar a conformidade dos seus produtos. Os stocks tokens servem para dar aos investidores de retalho acesso simbólico a ações de empresas privadas, como a OpenAI e a Space X.
Apesar das críticas e da posição da OpenAI, Tenev revelou que várias empresas já contactaram a RobinHood para explorar a possibilidade de avançar com estruturas de tokenização semelhantes. O CEO da empresa afirmou ‘Desde o nosso anúncio, recebi um dilúvio de pedidos de empresas privadas que querem realmente aceder ao retalho, para ter as suas ações tokenizadas’.
Além disso, o executivo confirmou que a sua empresa está em conversações com as autoridades financeiras de países tão relevantes como os Estados Unidos e o Reino Unido. O intuito dessas conversas passa por expandir o acesso aos tokens.
Relativamente à classificação deste produto, Tenev afirmou que, ao abrigo da regulamentação MiCA, os produtos são derivados. Contudo, sublinhou que os stock tokens também podem ser considerados criptoativos.
Outro produto inovador que aposta na democratização de ativos financeiros
Tal como os stock tokens da RobinHood pretendem democratizar o acesso a ações de empresas privadas, existem outros projetos assentes no mesmo princípio que estão a conquistar espaço mercado cripto. O BTC Bull Token (BTCBULL) é um bom exemplo desse espírito.
BTCBULL é um memecoin com um mecanismo de recompensas diretamente associado à valorização do Bitcoin.

Assim, permite que os investidores de retalho recebam lucros em Bitcoin real, por meio de airdrops programados. Adicionalmente, o projeto implementa um sistema de queima de tokens, como mecanismo deflacionário. Tanto os airdrops de BTC como a queima de tokens são ativados conforme o valor do BTC alcança certos patamares.
A pré-venda de BTCBULL ultrapassou 8,4 milhões de dólares, o que demonstra como o mercado cripto aderiu a este conceito.
Um período marcado pelo desejo de novos produtos e pela incerteza regulatória
O inquérito promovido pela União Europeia aos stock tokens da Robinhood mostra como a implementação da regulamentação MiCA não foi suficiente para esclarecer todas as questões. Sobretudo no que diz respeito aos derivados de cripto, parecem subsistir ainda dúvidas, quer entre as entidades reguladores, como também no seio da comunidade.
Ao mesmo tempo que se aguarda por conclusões por parte das autoridades europeias, surgem novos projetos como o BTC Bull Token, focados em oferecer aos investidores de retalho exposição direta ao Bitcoin.
Conforme o mercado evolui, projetos que consigam combinar conformidade regulatória com vantagens práticas, estarão na linha da frente na preferência dos investidores interessados em tokenização.
Com cerca de 15 anos de experiência no setor de IT, André divide o seu tempo por três paixões: desenvolvimento de novas plataformas, SEO e blockchain. Acompanha diariamente o mercado de criptomoedas, sempre em busca de mais conhecimento e de novas oportunidades.