O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, alertou sobre o risco que as stablecoins representam para a estabilidade financeira internacional.
Numa entrevistada dada recentemente ao The Sunday Times, Bailey demonstrou preocupação sobre como estas moedas digitais podem arruinar o controlo monetário tradicional. O governante teme também que as stablecoins representem a saída massiva de dinheiro do sistema bancário tradicional.
Preocupações regulatórios surgem em momento de alta
As declarações de Bailey acontecem numa altura positiva para o mercado global de stablecoins. Recentemente, este mercado alcançou o valor de 255 mil milhões de dólares, de acordo com o Bank for International Settlements. O crescimento exponencial deste setor tem motivado uma maior atenção, não apenas por parte do regulador britânico, mas também de outras autoridades internacionais.
Bailey defendeu que ‘As stablecoins têm características de dinheiro como meio de troca, pelo que devem manter o seu valor nominal’. Adicionalmente, o governador afirmou que estas moedas digitais não apresentam proteções nem garantias, o que pode criar riscos sistémicos relevantes.
O governante inglês referiu ainda que as stablecoins podem afetar negativamente o controlo soberano sobre as moedas nacionais. Analogamente, outro dos seus receios inclui a possibilidade de surgirem ligações não regulamentadas entre os mercados cripto e o sistema financeiro tradicional.
Estas preocupações surgem após as stablecoins terem movimentado 27,6 triliões de dólares em 2024, superando o volume combinado da Visa e Mastercard.
Regulamentação global acelera com MiCA e Lei GENIUS
A União Europeia já avançou com a regulamentação de stablecoins através do regulamento MiCA (Markets in Crypto-Assets), que entrou em vigor em dezembro de 2024.
As regras implementadas incluem limites, como o número máximo de 1 milhão de transações diárias e 200 milhões de euros por dia. Também exige reservas num rácio de 1:1 em ativos líquidos, assim como a realização de auditorias regulares.
Em paralelo, os Estados Unidos aprovaram a Lei GENIUS com 68 votos favoráveis no Senado. Esta nova lei permite que os bancos comerciais emitam stablecoins sustentadas em regulamentação formal. Também requer que as stablecoins sejam garantidas por ativos líquidos americanos, no que é uma medida protecionista destinada a dar vantagem competitiva aos emissores baseados nos EUA.
Entidades reputadas como JPMorgan, Citi e Bank of America encontram-se já a explorar a emissão das suas próprias stablecoins. Esta decisão é impulsionada pela visão do atual governo norte-americano, que olha para estas moedas digitais como uma ferramenta importante para garantir a posição dominante do dólar.
Mercado cripto reage com propostas pouco convencionais
As preocupações demonstradas pelos reguladores e por responsáveis de entidades do sistema financeiro tradicional não são novas e têm motivado respostas interessantes por parte da indústria cripto.
Um exemplo marcante é o Token6900, atualmente em pré-venda, que se posiciona como o primeiro ‘Non-Corrupt Token’ (NCT) do mundo. É uma das criptomoedas baratas que está a receber mais atenção na atualidade.

O Token6900 gravita em torno de uma narrativa de transparência total, com uma oferta fixa de 930.993.091 tokens. O projeto reserva apenas 0,0007% da oferta total para os desenvolvedores, ao passo que 80% dos tokens estão disponíveis na pré-venda pública.
Curiosamente, na mesma altura em que os reguladores mostram preocupação relativamente ao suposto potencial de corrupção associado a ativos digitais como as stablecoins, o Token6900 surge com uma mensagem disruptiva. Este projeto afirma-se como sendo anti-corrupção, prometendo não ter ‘mints ocultos, emissões stealth ou mecanismos de bailout’.
Com cerca de 500 mil dólares já realizados ao longo da pré-venda, este projeto está a ter impacto entre os investidores que se pretender juntar às vozes anti sistema.
Com cerca de 15 anos de experiência no setor de IT, André divide o seu tempo por três paixões: desenvolvimento de novas plataformas, SEO e blockchain. Acompanha diariamente o mercado de criptomoedas, sempre em busca de mais conhecimento e de novas oportunidades.